palavras gentis

palavras gentis para todos!
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sexta-feira, julho 18, 2003
 
WILDEST DREAMS

Pegue aqui a nova música do Iron Maiden em versão de estúdio! E dá-lhe Adrian...YEAH!!! :-)

 
Homem Primata, Capitalismo Selvagem

Depois da morte do Netscape (sniff...), somente esta analogia com um pequeno rebanho de vacas ajudará você a entender como é que funciona o capitalismo em nosso planeta...

CAPITALISMO IDEAL

Você tem duas vacas. Vende uma e compra um touro. Eles se multiplicam, e a economia cresce. Você vende o rebanho e aposenta-se... rico!

CAPITALISMO AMERICANO

Você tem duas vacas. Vende uma e força a outra a produzir leite de quatro vacas. Fica surpreso quando ela morre.

CAPITALISMO FRANCÊS

Você tem duas vacas. Entra em greve porque quer três.

CAPITALISMO CANADENSE

Você tem duas vacas. Usa o modelo do capitalismo americano. As vacas morrem. Você acusa o protecionismo brasileiro e adota medidas protecionistas para ter as três vacas do capitalismo francês.

CAPITALISMO JAPONÊS

Você tem duas vacas, né? Redesenha-as para que tenham um décimo do tamanho de uma vaca normal e produzam 20 vezes mais leite. Depois cria desenhos de vacas chamados Vaquimon e os vende para o mundo inteiro.

CAPITALISMO ITALIANO

Você tem duas vacas. Uma delas é sua mãe, a outra é sua sogra, maledetto!!!

CAPITALISMO BRITÂNICO

Você tem duas vacas. As duas são loucas.

CAPITALISMO HOLANDÊS

Você tem duas vacas. Elas vivem juntas, não gostam de touros e tudo bem.

CAPITALISMO ALEMÃO

Você tem duas vacas. Elas produzem leite pontual e regularmente, segundo padrões de quantidade, horário estudado, elaborado e previamente estabelecido, de forma precisa e lucrativa. Mas o que você queria mesmo era criar porcos.

CAPITALISMO RUSSO

Você tem duas vacas. Conta-as e vê que tem cinco. Conta de novo e vê que tem 42. Conta de novo e vê que tem 12 vacas. Você pára de contar e abre outra garrafa de vodca.

CAPITALISMO SUÍÇO

Você tem 500 vacas, mas nenhuma é sua. Você cobra para guardar a vaca dos outros.

CAPITALISMO ESPANHOL

Você tem muito orgulho de ter duas vacas.

CAPITALISMO PORTUGUÊS

Você tem duas vacas... E reclama porque seu rebanho não cresce...

CAPITALISMO CHINÊS

Você tem duas vacas e 300 pessoas tirando leite delas. Você se gaba muito de ter pleno emprego e uma alta produtividade. E prende o ativista que divulgou os números.

CAPITALISMO HINDU

Você tem duas vacas. Ai, de quem tocar nelas.

CAPITALISMO ARGENTINO

Você tem duas vacas. Você se esforça para ensinar as vacas a mugirem em inglês... As vacas morrem. Você entrega a carne delas para o churrasco de fim de ano ao FMI.

CAPITALISMO BRASILEIRO

Você tem duas vacas. Uma delas é roubada. O governo cria a CCPV - Contribuição Compulsória pela Posse de Vaca. Um fiscal vem e lhe autua, porque embora você tenha recolhido corretamente a CCPV, o valor era pelo número de vacas presumidas e não pelo de vacas reais. A Receita Federal, por meio de dados também presumidos do seu consumo de leite, queijo, sapatos de couro, botões, presume que você tenha 200 vacas e, para se livrar da encrenca, você dá a vaca restante para o fiscal deixar por isso mesmo...




quarta-feira, julho 16, 2003
 
RIAA: Está na hora de rever seus conceitos

(Rolou um cut'n'past daqui!)

RIAA sorria... Segundo artigo publicado na Magnet (Piratas de MP3 compram mais CDs de música) quem baixa mais MP3s na rede compra mais CDs de música.

A afirmação é da Music Programming Ltd, que contradiz a RIAA. Segundo o documento, pegar música na Internet é apenas um termômetro de qualidade para os usuários.
A grande dúvida é quanto tempo ainda vai demorar para que as gravadoras percebam que MP3s são instrumentos de divulgação, da mesma forma que as rádios. O fetiche que há em torno da capa do CD, de material próprio é grande, e é isso que vai fazer a indústria prosperar. Óbvio que artistas descartáveis vão perder espaço, mas afinal de contas eles são descartáveis mesmo...

Fonte: Don't Believe The Hype



 
GUITAR AND PEN

(a coluna do Sancler)

Sons das páginas

Jack Kerouac dizia que escrevia como um músico de jazz, como Charlie Parker improvisando um longo solo que corria pelas páginas brancas, fluindo como um rio que seria a própria vida.
Ernest Hemingway teve seus contos comparados a pequenas peças de câmara, perfeitas e contidas, que mais insinuariam do que revelariam.
Charles Bukowski escrevia ouvindo música clássica mas, pelo menos para mim, seus contos parecem remeter àqueles bons e velhos rocks de três minutos: simples na "aparência", porém potentes e extremamente divertidos.

A música e a literatura parecem correr juntas muitas vezes, com "correntes" ou "movimentos" de ambas se encontrando e se influenciando (mesmo que indiretamente) nessa corrida diária que as pessoas chamam de vida, essa eterna corrida para alcançar o sol, como já dizia o Pink Floyd.

Bom, mas para quê esse rodeio todo? Para quê essas elucubrações?

A intenção é simplesmente a de falar de dois livrinhos com os quais esbarrei nos últimos tempos e que me agradaram bastante, seja pela aparente secura e minimalismo de um deles, seja pelo lirismo desesperado e inocente do outro.

O primeiro deles tem o título curioso de "Mas não se mata cavalo?" e é de autoria de Horace McCoy. A secura e a objetividade do texto são os grandes achados do autor, que conta uma história de um casal de "perdedores" competindo numa maratona de dança durante a depressão americana. A narrativa fica presa ao salão de dança quase o tempo todo, mas não aborrece nem cansa, transmitindo uma aura de claustrofobia e de fatalidade que te deixam meio atordoado quando o livro acaba. A velocidade na qual a história é contada também é importante e apesar de se passar nos anos 30, ao som do foxtrot, o desespero dos competidores poderia muito bem transcorrer ao som do Slayer ou do Krisium.

Já o segundo, "Pergunte ao pó", de John Fante, é a história de Arturo Bandini, que está em Los Angeles tentando se firmar como escritor e que, em seu caminho rumo à concretização daquilo que imagina seu destino, esbarra nas mais estranhas e singulares figuras e nas mais estapafúrdias situações, dignas de um romance de formação com alma "beat" (apesar de ser anterior ao movimento). O personagem principal do romance corre pelas ruas da cidade sem dinheiro, sem experiências e fica sempre sonhando com grandes sucessos editoriais e devaneando e ensaiando, como todo jovem artista, sobre o que dizer nas grandes entrevistas que (talvez) nunca venha a dar. E para não sair do "mote" do texto, o livro pode ser lido como quem ouve uma boa trilha sonora daqueles filmes velhos que passam no Telecine Classic.

Só para terminar: a versão do livro do McCoy que eu li é uma tradução do Erico Verissimo, do Círculo do Livro, que eu achei num sebo; existe uma tradução mais nova publicada pela Sá Editora, sob o título "A noite dos desesperados" (que é o título em português do filme baseado no livro, dirigido por Sydney Pollack, com Jane Fonda no elenco, lançado em 1969, e que eu não assisti, ainda). O livro do Fante foi relançado recentemente pela José Olympio e pode ser encontrado nas melhores livrarias.
That?s all folks...

P.S.: Se livros inspiram músicas, que livro inspirou Atom Heart Mother, do Pink Floyd? A Enciclopédia Britânica?


Sancler Ribeiro é um leitor compulsivo e beberrão, mas não passa de um metaleiro empedernido.