palavras gentis

palavras gentis para todos!
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sexta-feira, dezembro 20, 2002
 
...let your mind wonder...

Obaaaaaaaaa! Hoje chegou o meu DVD do Wonderwall (é, aquele mesmo com a trilha sonora feita pelo saudoso George Harrison). Tem uns extras bem bacanas - faixa inédita do Eric Clapton e até um poema do John Lennon (!). Vem também o Reflections On Love, que é considerado O filme da Swinging London. Dei uma olhada rápida agora e tá realmente melhor do que os originais ingleses em VHS que eu tenho. Esses caras da Rhino mandam bem demais!

Ah sim... a Uncut deste mês com suas 19 páginas com os mais explosivos singles do The Who, além de uma entrevista MUITO legal do Pete Townshend, vem com um CDzinho beeem interessante. Entre outras coisas, gostei da Wendy que é do novo queridinho Jesse Malin. Confira ela aqui.

Bem, agora só espero que papai noel se lembre do presente que eu mais desejo...


quarta-feira, dezembro 18, 2002
 
Eight Arms To Hold You


Saca só do que se trata:
I really don't have very much to say about this book: Buy it now! Before it's sold out. You would regret it forever! This huge and very thick book is still a bargain at $39.95 - it's exactly what it claims to be. And it doesn't just contain endless listings with little annotations like "Solo Outtakes" did. No, it's full of well-researched explanations, annotations, background and inside information, of course in addition to listing and distinguishing every bit of music ever played, recorded, released or unreleased. Add some very useful indexes. Oh, and although the pages are really large, the printing is fairly small. It will take you some time to read it all! This book is incredible. You absolutely need this book. Rating 10+/10.

Alguém quer me dar isso como presente de natal / aniversário / etc?


 
No more! No more!

Ok, o post ficou enorme... Sorry!
Sei que tem gente não lê as cartas gentis por serem loooongas também.
Bem... você não sabe o que está perdendo!


terça-feira, dezembro 17, 2002
 
Roger Waters vs Brian Wilson

Recentemente na Echoes (melhor lista de discussão sobre Pink Floyd na internet) uma polêmica tem feito bastante barulho. Um fã de Beach Boys e Pink Floyd fez um comentário sobre o fato das recentes turnês desses dois gênios se basearem somente em nostalgia, com perfomances vocais sofríveis e tendo em comum o fato de se apoiarem em bandas competentíssimas encobrindo a falta de gás dos dois o que assim caracterizaria uma espécie de karaokê.

Claro que a discussão rolou solta e apimentada com defesas e ataques apaixonados etc. (Para quem sabe o que o Brian Wilson passou, só o fato dele estar num palco já é uma presente dos deuses!) Assim, vários pontos interessantes apareceram. Um deles foi o fato de a genialidade dos dois serem uma coisa que sempre funcionou meio que à parte da banda. Assim, o Pet Sounds seria na verdade um disco solo do Brian Wilson e não um disco dos Beach Boys. Da mesma maneira, o The Wall seria somente do Roger Waters e não do Pink Floyd. De repente alguém argumentou que se fosse assim, o The Piper At Gates of Down, seria inteiramente do Syd Barret.

No caso do Pink Floyd, várias pessoas consideram o Piper At Gates of Down como o melhor disco do Pink Floyd. Na verdade, a banda passou por três fases distintas, com 3 líderes e dois momentos grandiosos.

Começou com o Syd Barret até ele entrar numa viagem eterna deixando-o incapaz de expressar sua genialidade. Roger Waters então, tal como no futebol, toma a responsabilidade para si e aprende a escrever canções. Segundo o Nick Mason, com o passar do tempo ele não só aprenderia como ainda alcançaria um lugar de destaque entre os maiores letristas do rock'n'roll, ao lado de Bob Dylan, Jim Morrison e Pete Townshend.

Após obras maravilhosas como The Dark Side of the Moon e Wish You Were Here (o qual David Gilmour considera a melhor combinação letra/música) o gênio difícil altamente intelectualizado e egocêntrico de Waters perde o controle. Em meio a desgostos e desilusões com a realidade do mundo rock, durante um show ele simplesmente dá uma cuspida num fã!

Como resultado, ele praticamente surta e começa a escrever dois discos inteiros para apresentar à banda. Um viria a ser o The Wall e outro o the Final Cut. No The Wall, ele expressa toda sua fúria, desprezo e indiferença ao rock'n'roll way of life aproveitando também para botar para fora todas suas pirações e traumas pessoais. (Curiosamente, o Tommy do The Who também aborda tais dramas ligados à indiferença, perda dos pais na segunda guerra mundial etc)

Enfim, o disco foi um grande sucesso e virou até filme, que até hoje ainda desperta conclusões diversas em várias gerações de roqueiros. Quando sai o The Final Cut, ele de fato é considerado um disco solo, já que a banda praticamente não existia mais. Nick Mason toca apenas em algumas faixas e o David Gilmour além de ter sido sacado como produtor do disco se limita a um papel menor tocando ao lado de um exército de músicos contratados.

É nessa época que Waters se diz esgotado criativamente dentro da banda e anuncia a sua saída. Gilmour toma a frente, chama Mason, o tecladista Richard Wright que fora demitido por Waters, e começa aquela que seria a terceira fase da banda que se caracterizaria por ser uma espécie de banda cover dela mesmo, tamanha a falta de qualidade lírica no material novo. Embora Gilmour se defenda, falando a que a música do Floyd é tão importante quanto as letras, a banda fez turnês milionárias mas parece que se tornou um paquiderme que se sucumbiu ao próprio peso.

Como o post já está imenso, vou ser breve no caso do Beach Boys. Bem, a grosso modo, sem o genialidade de Brian Willson, a banda se limita a um pop bem feito, com maravilhosas vocalizações junto a arranjos e letras simplistas. Ok, tudo bem que que existe o detalhe do letrista que deu a little help for a friend called Brian, mas a diferença entre os discos com a participação ativa do gênio e aqueles que, embora ele até estivesse presente somente fisicamente, é gritante! Basta ouvir e comparar.

Então, e ae? Vocês concordam com esse argumento dos solo albuns? o que seria realmente uma banda? Lembrem-se do caso dos Beatles e do The Who.

Update: também falaram sobre a polêmica troca de créditos (de Lennon/McCartney para McCartney/Lennon) feita pelo Macca que deixou muita gente puta da vida por ele quebrar um acordo de cavalheiros feito pelo dois no começo da banda. Bem, no começo realmente até que as músicas eram feitas em parceria, porém com o passar do tempo, eles começaram a compor sozinhos e ainda assim saia o crédito para os dois.
Um argumento a favor da posição do Macca foi o fato de até quando o Lennon lançou o Plastic Ono Band, o crédito tava lá, embora fosse claro (ou até ridículo como disse um editor do fazine mais antigo dos Beatles) que aquilo era puramente Lennon!
Outros acham que ele quer reescrever a história mostrando que era tão gênio quanto o Lennon. Pura bobagem, conheço pessoas que embora tenham o Lennon como Beatle preferido, depois que leram a autobiografia do Macca e piraram com o Anthology, se surpreenderam com fatos que sempre foram atribuídos ao véio John.
A influência vanguardista não foi algo que a Yoko plantou dentro da cabeça do John, por exemplo.
Várias idéias e conceitos geniais foram coisas feitas pelo Macca.
Finalizando, é um equívoco pensar que a parte brega, dos baladões é coisa do Macca, e as mais sérias, com letras mais inteligentes, seriam do John.
Afinal de contas, o John compôs várias músicas lindas assim como Paul também escreveu coisas boas como Eleanor Rigby entre outras.
Ah sim... dizem que eu falo demais do Paul (pelo lance dele ter sido uma puta influência para eu tentar virar músico e não somente baixista) mas a minha música preferida, que inclusive irá tocar no meu funeral, é In My Life ... do John!
Sobre o The Who...ok, 98% das músicas são do Pete Townshend! Ele gravava demos completas que praticamente já eram o disco pronto. Mas para quem quer entender como uma banda funciona, vendo claramente a participação e a influência de cada membro no resultado final, recomendo assistir o DVD do Who's Next que é um making off daquele que é considerado um dos melhores discos de rock'n'roll de todos os tempos.

segunda-feira, dezembro 16, 2002
 
ME FAZ FELIZ!

Como eu tinha prometido, aqui vai um rough mix daquela que atualmente é a minha música preferida. Lembro ainda que esta não é a versão final e serve apenas para se ter uma idéia de como o nosso disco está indo. Espero que vocês gostem!

Me faz feliz

Me faz feliz, me diz suas razões secretas
E me poupe da incerteza, da insegurança
Dos pileques, das teorias vazias sobre você
Não tenho medo: qualquer verdade é melhor que isso
Me faz feliz

Me faz feliz, me diz suas razões ocultas
E me poupe da insônia, da falta de assunto
Das mãos sem endereço
Da falta de jeito com você
Não tenho medo: qualquer verdade é melhor que a angústia
Então me diz

Me faz feliz, me diz suas razões secretas
E me poupe da incerteza, da insegurança
Dos pileques, das teorias vazias sobre você


Clique aqui para fazer o download.


domingo, dezembro 15, 2002
 

já comprou a sua?